Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

sábado, 7 de abril de 2018

1952 - Sidney Castro, um amigo íntimo da bola

Desde que me entendo por gente, tenho a bola como minha companheira mais prazerosa na área esportiva. Foi na prática intensa do futebol, desde as areias do Rio São Domingos, do campinho na manga de Seu Azemar ou dos paralelepípedos da Rua da Resina, que me realizei como criança e adolescente. Tive a sorte e o privilégio de jogar contra e ao lado de grandes figuras do esporte, tantos craques que evitarei nominá-los hoje aqui. 
Mas entre tantos com quem eu tive a imensa satisfação de atuar lado a lado, esteve um por quem tenho grande respeito e admiração, não só quanto à sua enorme qualidade técnica no trato com a bola, mas também como amigo pessoal. Estou me referindo a Sidney Castro, uma referência em se tratando de futebol na cidade de Espinosa. Conheci Sidney jogando bola, não no velho 9 de Março, onde ele atuava ao lado dos irmãos Sissi, Darci e Mauri, de Getúlio Fiel, dos Zé Maria Batista e Zé Maria Monção, dos irmãos Geraldo e Marcos de Juca, do goleiro Valdo e do Geraldo Lindolfão, mas já no Santa Cruz. Estava eu ainda jovem e sempre presente nos domingos à tarde, sentado no chão à beira do campo de terra, em cima das folhas dos galhos de madeira nova arrancados ali perto, para assistir com bastante atenção aos memoráveis confrontos do Santa Cruz (e da M. Teixeira, depois Espinosense) com os principais times da região Norte de Minas e do Sudoeste da Bahia. Era um privilégio. Não havia muro, nem arquibancada, muito menos gramado. Casas ao redor do campo, acho que nenhuma, apenas um depósito atrás do gol que dá para a lagoa. Lembro-me bem da decisão entre os maiores rivais da cidade que acabou em confusão, briga e sumiço da taça de campeão. Recordo-me da partida antológica contra a equipe da Magnesita, de Brumado. São muitas as boas recordações de atuações impecáveis de Sidney no Campão (hoje o Mercado Municipal), tratando com extrema habilidade e carinho a bola, quando no domínio e no drible, mas a chutando com imensa violência e perfeição contra o gol adversário ou nos longos lançamentos para os companheiros de ataque.
Sidney é de uma geração anterior à minha, mas fui presenteado com a oportunidade de poder atuar ao seu lado, defendendo a equipe da turma maravilhosa da Toca dos Craques, não só na sede de Espinosa, mas em outros campos da zona rural e especificamente em cidades como Brumado e Livramento, na Bahia. Mesmo ele já veterano, foi um contentamento enorme para mim, ao ter a honra de poder jogar ao seu lado.
Sidney Castro é sem dúvida alguma, um dos grandes e maiores nomes da história do futebol espinosense de todos os tempos, merecendo, portanto, todo nosso apreço e reconhecimento. 
Um grande abraço espinosense.            

Sidney e Sissi

Sidney no 9 de Março, o 3º agachado
Sidney no Santa Cruz, 2º agachado à partir da esquerda

Sidney no Mais Uma, 2º agachado a partir da esquerda

Sidney no Santa Cruz, o 4º agachado a partir da esquerda

Sidney no time da Toca dos Craques, 2º agachado a partir da esquerda.

Sidney, 3º agachado a partir da esquerda.

Sidney, 1º agachado a partir da direita

Sidney, 2º agachado a partir da direita

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