Espinosa, meu éden

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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

1594 - Os desafios que vem por aí

Domingo passado, 18 de setembro, Atlético e Cruzeiro entraram em campo pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2016 com a necessidade imperiosa de vencer e acumular mais três pontos na tabela de classificação. O primeiro, para se manter próximo dos dois melhores colocados, o Palmeiras, com 51 pontos e o Flamengo, com 50 pontos, e manter incólume a esperança de chegar ao tão cobiçado título de Campeão Brasileiro. O segundo, para se afastar o quanto antes da perigosa e incômoda zona de rebaixamento à segunda divisão. 
E o que se viu no clássico foi muita luta, dedicação e obediência firme dos jogadores de ambos os lados aos esquemas táticos montados pelos treinadores Marcelo Oliveira e Mano Menezes, mas o resultado de igualdade no placar não foi proveitoso para ninguém. O Atlético terminou ficando a 5 pontos do líder Palmeiras, o que, se não foi catastrófico e ainda não acabou totalmente com as chances de chegar ao título, deixou a tarefa ainda mais complicada e difícil. O Cruzeiro foi beneficiado com as derrotas do Figueirense para o Flamengo por 2 x 0 e do Internacional para o América por 1 x 0, que resultou na sua colocação atual na tabela, na 15ª posição.
O que se apresenta para os dois maiores times de Minas Gerais nas partidas finais do Brasileirão é uma verdadeira sucessão de desafios. Tanto Atlético quanto Cruzeiro terão pela frente, nas 12 rodadas restantes, adversários poderosos bem posicionados na tabela, bem como equipes que estão na briga para não cair. O Atlético terá mando de campo contra Internacional, América, Figueirense, Flamengo, Palmeiras e São Paulo e sairá para enfrentar a Ponte Preta, o Corinthians, o Botafogo, o Coritiba, o Santa Cruz e a Chapecoense. O Cruzeiro receberá as visitas do Grêmio, Ponte Preta, Chapecoense, Fluminense, Santos e Corinthians, enquanto terá que viajar para enfrentar as equipes do Flamengo, Palmeiras, Vitória, Atlético-PR, Sport e Internacional. Ou seja, só jogos duros e difíceis. Não há mesmo moleza no Campeonato Brasileiro.


O Cruzeiro, depois de um início de competição claudicante sob o comando do Paulo Bento, teve uma reação extraordinária com a chegada de Mano Menezes. Contou para essa reação a chegada de bons valores ao elenco do time, casos dos atacantes Ábila e Rafael Sóbis. O Atlético também começou muito mal a competição, mas deu uma arrancada espetacular e conseguiu chegar ao chamado G-4, terminando o primeiro turno em segundo lugar. As contusões seguidas de jogadores importantíssimos, como Luan, Dátolo, Leandro Donizete, Marcos Rocha, Maicosuel e Lucas Pratto, causaram enormes problemas para o treinador Marcelo Oliveira armar a equipe em jogos cruciais.  
O futebol é um esporte apaixonante muito em face da sua imprevisibilidade. Tudo pode acontecer em uma partida, até mesmo uma equipe muito inferior tecnicamente bater uma muito mais capacitada, no que ficou conhecido na área esportiva como "zebra". Cada partida é uma nova história a ser escrita e nenhum time pode se deixar levar pelo favoritismo, sob pena de se complicar seriamente.
Uma análise apurada dos confrontos do primeiro turno de Atlético e Cruzeiro contra seus próximos adversários mostra um cenário completamente diverso. Enquanto o Atlético conquistou um retrospecto bastante favorável, empatando uma única vez, com o Figueirense, perdendo duas partidas, contra Internacional e Flamengo, e vencendo todos os outros nove confrontos; o Cruzeiro, ao contrário, penou contra os seus adversários, empatando duas partidas, contra Vitória e Corinthians, perdendo sete partidas, contra Flamengo, Grêmio, Chapecoense, Atlético-PR, Fluminense, Sport e Santos, e ganhando apenas três jogos, contra Ponte Preta, Palmeiras e Internacional.
O tal do "se" não existe na vida nem no futebol, mas se, hipoteticamente, os dois times mineiros repetissem os resultados alcançados no primeiro turno, o Atlético teria enormes possibilidades de conquistar o título, enquanto o Cruzeiro certamente estaria rebaixado. Coisas do futebol!
Um grande abraço espinosense.




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