Espinosa, meu éden

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

1193 - O terreno movediço da Libertadores

Nem bem começou a Libertadores e um dos grandes favoritos ao título parece ter dado adeus à competição. Com duas inesperadas derrotas nos dois primeiros confrontos da fase de grupos, o Atlético surpreendeu negativamente a todos os que esperavam a continuação daquele futebol competitivo e vibrante com que venceu espetacularmente a Copa do Brasil ano passado, em cima do maior rival, o Cruzeiro, com duas vitórias nos dois jogos finais.
Com um time enfraquecido pelos desfalques dos laterais Marcos Rocha e Douglas Santos e do atacante Lucas Pratto, o Atlético não foi nem sombra daquele time arrasador da disputa da Libertadores em 2013 e muito menos da fulgurante Copa do Brasil do ano passado, quando a equipe alvinegra conseguiu resultados extraordinários, revertendo resultados desfavoráveis com goleadas históricas em rivais de peso como Corinthians e Flamengo. Realmente um início de temporada preocupante para a torcida do Atlético, já que jogadores importantes se contundiram e o rendimento da equipe revela-se deplorável.


O Cruzeiro, ao contrário, começou sua participação na Libertadores jogando razoavelmente, mas conseguiu um bom resultado na casa do adversário. O outrora contestado Leandro Damião começa a fazer os seus golzinhos e o time celeste mostra melhor consistência coletiva, apesar das saídas de Éverton Ribeiro, Lucas Silva e Ricardo Goulart. Posso até prever que o Cruzeiro será um dos melhores classificados desta fase, pois o seu grupo é um dos mais fracos da competição. Agora, se vai chegar próximo à decisão do título, aí é outra história. Sem a menor paixão clubística, acredito que não. Mas, em futebol, nada se pode cravar como definitivo. 

  
Conforme o Guia Libertadores da Revista Placar, lançado há poucos dias, há um nivelamento agudo do potencial das equipes participantes do torneio sul-americano, o que dificulta sobremaneira a tarefa de se escolher os melhores aspirantes ao título. Mesmo com dúvidas, a revista definiu assim os times favoritos à conquista do título de campeão da Libertadores 2015. São o Atlético, o Corinthians, o São Paulo e o River Plate. Ainda conforme previsões da edição especial, algumas equipes podem chegar longe: o Cruzeiro, o Internacional, o Boca Juniors, o Estudiantes, o Atlético Nacional e o Racing. Entre os times restantes alguns são enquadrados como aqueles que podem surpreender, aqueles que são apenas figurantes e uns poucos que se destacarão como saco de pancadas.
O certo é que muitas emoções ainda estão por vir e tudo pode acontecer neste ano, visto que nenhuma equipe aparece num patamar bem acima dos demais, projetando um desempenho espetacular. Até o miraculoso Atlético pode surpreender mais uma vez e conseguir a tão sonhada classificação para as oitavas de final. Depois do que o time da Cidade do Galo fez na Copa do Brasil em 2014, não se deve duvidar da sua incrível capacidade de ressurgir das cinzas. Eu, particularmente, sou mais racional e entendo que, infelizmente, não nos classificaremos depois desses tropeços gigantescos logo no início da competição. O futebol apresentado pelo time até o momento não me dá esperança de dias melhores e as contusões diminuíram e muito a nossa força coletiva. Mas a esperança está sempre conosco e não custa nos apegar novamente ao nosso vibrante grito de confiança: "Eu acredito!"
Um grande abraço espinosense.