Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

1128 - A conturbada e rica história do Soul Man Tim Maia

Baseado no livro de Nélson Motta, "Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia", que li em tempo recorde tempos atrás, o filme "Tim Maia" mostra a trajetória conturbada e brilhante de um dos maiores ícones da música brasileira. Existem também informações de que muito do filme foi retirado do livro do cantor Fábio "Até Parece Que Foi Sonho - Meus 30 Anos de Amizade e Trabalho ao Lado de Tim Maia", lançado em 2007.
A cinebiografia do cantor carioca passeia pelas várias fases da vida do polêmico artista. Relata as dificuldades da infância, as loucas aventuras na terra do Tio Sam, o difícil início na profissão de cantor, o período de imersão na religião, as irresponsabilidades na condução da carreira e a conquista da fama e do dinheiro. Tudo isso, claro, acompanhado por um bom baseado, companheiro de todas as horas.
Tim Maia deixou marcas profundas na história da música brasileira, com o seu vozeirão diferenciado e suas músicas dançantes e românticas que geraram fortes emoções no coração do nosso povo. Alguém pode até acusá-lo de irresponsável, de drogado, de mau caráter. Em muitos momentos da vida, ele foi mesmo. Mas também era um bom sujeito, de índole generosa e possuidor de um bom humor extraordinário. Tim era um artista, e como a maioria deles, com dificuldades imensas de equilibrar a vida em todas as suas nuances, sobretudo nas esferas emocionais e financeiras. Os artistas em geral tem uma sensibilidade extrema, o que lhes causa profundas complicações de relacionamento com o mundo real. E parecia ser essa dificuldade de controle da realidade que acometia o grande artista Tim Maia, pela sua incrível dificuldade de se relacionar com as suas carências, com a sua aceitação física e com a administração do dinheiro que ganhava. Assim como tantos outros artistas de todo o mundo, Tim Maia não deve ser exemplo para ninguém por sua extravagância e , mas a sua criação artística é o que deve ser julgada, elogiada e perpetuada por todo o sempre, devido à sua inegável qualidade sonora.
Sebastião Rodrigues Maia, nascido no Rio de Janeiro em 28 de setembro de 1942, morreu em Niterói em 15 de março de 1998, dias após sair do palco se sentindo mal no início da gravação de um espetáculo para a TV no Teatro Municipal de Niterói.


Como não poderia deixar de ser, muita coisa ficou de fora do filme, o que gera alguma reclamação daqueles que conhecem a trajetória de Tim Maia, mas o resultado é muito satisfatório. Os dois atores escolhidos para interpretá-lo, Róbson Nunes (na juventude) e Babu Santana (na fase adulta), se saem muito bem na difícil tarefa. Como muita gente, achei a interpretação do personagem Roberto Carlos (George Sauma) meio forçada e sem graça, mas outros personagens compensam essa deficiência, como a belíssima e sensual Alline Moraes no papel de Janaína. O ator global Cauã Reymond também não decepciona interpretando o cantor Fábio, se saindo muito bem. Outros atores não comprometem, como o Luís Lobianco, que faz o Carlos Imperial, e o Tito Naville, que faz o Erasmo Carlos, pouco mostrado.


As "tiradas" hilárias do Tim são antológicas, como pode-se ver melhor no livro. Mas uma delas, que aparece no filme, é uma das que mais gosto. Tim, em uma fase em que a grana estava entrando legal, comprou um terreno e resolveu construir uma casa no campo. Depois de tudo pronto é que ele descobriu que a casa foi construída no terreno da sua vizinha. Isso só demonstra como era desligado o grande nome da soul music brasileira e a sua dificuldade em .
No geral, o filme é muito bem construído e merece a sua ida ao cinema para uma atenta conferência do que foi a atribulada trajetória do malucão e divertido Tim Maia.
Um grande abraço espinosense.

Elenco:
Babu Santana - Tim Maia (adulto)
Róbson Nunes - Tim Maia (jovem)
Alinne Morais - Janaína
Cauã Reymond - Fábio
Laila Zaid - Suzi
Valdinéia Soriano - Dona Maria
Paulo Carvalho - Seu Altivo
Bryan Ruffo - Valcir Ribeiro
Luís Lobianco - Carlos Imperial
George Sauma - Roberto Carlos
Tito Naville - Erasmo Carlos
Renata Guida - Rita Lee

Direção: Mauro Lima
Gênero: Drama
Duração: 141 min.
Distribuidora: Paris Filmes
Classificação: 16 Anos
Produtor: Rodrigo Teixeira
Produção Executiva: Raphael Mesquita e Rômulo Marinho Jr.
Diretor de Fotografia: Dudu Miranda e Júnior Malta
Diretor de Arte: Cláudio Amaral Peixoto
Figurino: Reka Koves
Produtor Musical: Berna Ceppas
Roteiro: Antônia Pellegrino

 

1127 - O talento de Ray LaMontagne

Talentoso cantor e compositor americano de música folk, Raymond "Ray" Charles Jack LaMontagne nasceu em 18 de junho de 1973 em Nashua, New Hampshire, EUA. Atualmente mora em Wilton, Maine, numa fazenda que pertenceu ao escritor americano Norman Mailer, com a esposa e seus dois filhos. Pessoa reservada e avessa a entrevistas, o artista se destaca pelas canções serenas, intimistas e melodiosas e pela sua belíssima e rouca voz.
Antes de se dedicar à carreira artística, Ray trabalhou em uma fábrica de calçados no Maine. Só depois de ouvir a música "Tree Top Flyer", de Stephen Stills, no rádio, é que ele se tocou que o seu caminho dali em diante seria definitivamente na música. E ele não estava errado não.
Desde então, gravou cinco álbuns. O primeiro, "Trouble", foi lançado em 14 de setembro de 2004. Em 29 de agosto de 2006 viria o segundo álbum, "Till the Sun Turns Black". "Gossip in the Grain", terceiro trabalho, foi lançado em 14 de outubro de 2008. O quarto disco saiu em 17 de agosto de 2010, "God Willin´ and The Creek D´ont Rise".
Seu mais recente trabalho, "Supernova" foi lançado em 6 de maio de 2013.
Com tanta música barulhenta e de péssima qualidade esfolando os nossos ouvidos todo o tempo e em quase todos os lugares, nada como escutar um som tão gostoso e harmonioso como esse.
Um grande abraço espinosense.




1126 - Lugares Maravilhosos do Mundo: Tian Tan Buddha, o Grande Buda

Com 34 metros de altura e pesando 250 toneladas, a grande e impressionante estátua de bronze do Tian Tan Buddha, também conhecido como o Grande Buda, é uma especial atração turística de Ngong Ping, Lantau Island, em Hong Kong. A estátua, localizada perto do Monastério de Po Lin, foi construída para simbolizar a harmoniosa relação entre o homem e a natureza, as pessoas e a religião. É uma das cinco grandes estátuas de Buda na China. 
A estátua foi montada a partir de 202 peças de bronze, içadas a 112 metros de altura. Além dos componentes externos, há uma forte estrutura de aço dentro da estátua para suportar a pesada carga. Devido à sua privilegiada localização, no topo do Monte Muk Yue, ela pode ser vista de lugares distantes, como Macau, na China. Com os olhos fechados e a mão direita levantada, a calma e sábia aparência do Buda parece controlar a energia do vale à sua frente. Ela está sentada em um trono de lótus sobre um altar de três plataformas, cercada por seis estátuas menores, de bronze, e foram criadas em poses oferecendo flores, incenso, lâmpada, pomada, frutas e música ao Buda, que simbolizam caridade, moralidade, paciência, zelo, meditação e sabedoria, valores necessários para entrar no nirvana.
Para visitá-la, os visitantes têm de subir 268 degraus para chegar até ela. Para acesso de deficientes, há uma pequena e sinuosa estrada que lhe dá acesso. O acesso ao lado externo é gratuito, mas é cobrada uma taxa de admissão para entrar no espaço interno da estátua do Buda.
A cerimônia inaugural do Big Buddha foi realizada em 29 de Dezembro de 1993, após um grande esforço conjunto e impecável trabalho dos fiéis, da ordem budista e dos artistas, artesãos e profissionais. A gigantesca estátua simboliza a estabilidade de Hong Kong, a prosperidade da China e a paz na terra. 
Um grande abraço espinosense.