Espinosa, meu éden

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terça-feira, 19 de novembro de 2013

828 - O Sertão de Téo Azevedo no Grammy Latino

Maravilha! Finalmente pode ser que o mundo conheça o Sertão, seus artistas populares e a riqueza da sua música. É que dois discos produzidos pelo artista norte-mineiro Téo Azevedo estão entre os cinco finalistas indicados ao prêmio Grammy Latino 2013 na categoria Melhor Álbum de Música de Raízes Brasileiras.
O primeiro deles é "O Velho Chico – Sob o Olhar Januarense", disco duplo contendo 29 faixas com participação de diversos artistas populares e que busca a defesa do rio da unidade nacional. A produção é de Téo Azevedo e do ator e compositor janaubense Jackson Antunes.
O segundo álbum é "Salve Gonzagão – 100 anos", uma coletânea organizada por Téo Azevedo, com 16 músicas interpretadas pelo cantador norte-mineiro e por diversos artistas convidados. A obra homenageia o centenário de nascimento do imortal Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.
A cerimônia de entrega do 14º Grammy Latino acontecerá no dia 21 de novembro, em Los Angeles (EUA). Entre tantos artistas que concorrerão a prêmios em diversas categorias, estarão Caetano Veloso, Alejandro Sanz, Natalie Cole, Roberto Carlos, Juan Luis Guerra, Seu Jorge, Skank, Natiruts, Ed Motta, Jota Quest, Nando Reis, Diogo Nogueira, Zeca Pagodinho, Alexandre Pires, Gilberto Gil, Maria Rita, Jorge Vercillo, Elba Ramalho, Djavan, Victor e Léo e Michel Teló, entre outros.


Ícone da cultura popular brasileira, filho de um autêntico cantador e sanfoneiro, Teófilo de Azevedo Filho já nasceu artista. Desde os 8 anos, quando engraxava sapatos para ajudar nas despesas de casa, pois o pai havia falecido, Téo já demonstrava o seu talento de cantador. Rodou por aí recitando versos, cantando repentes e criando literatura de cordel. Se aventurou pelo boxe, serviu ao Exército e disseminou a sua arte na capital de Minas Gerais. Depois de conseguir gravar o primeiro disco, um LP intitulado "Brasil, Terra da Gente", em 1969, Téo resolveu se mudar para a metrópole paulista para consolidar a sua carreira artística. Não ganhou muito dinheiro, pois a vida de artista popular não é assim tão fácil, mas conseguiu se destacar e ganhar respeito na cena musical popular da imensa cidade de São Paulo.
Poeta, folclorista, autor de uma imensa quantidade de músicas, escritor de literatura de cordel, apresentador de programas de rádio, ativo produtor musical, grande divulgador da cultura popular, o promotor da Festa da Folia de Reis do distrito de Alto Belo, em Bocaiúva, onde nasceu, Téo Azevedo, mesmo sendo um cidadão do mundo, continua com o coração e a alma no âmago do Sertão. Seria o máximo ver o seu trabalho reconhecido com a conquista deste prêmio importante da mídia musical. Boa sorte a ele!
Um grande abraço espinosense.






827 - Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra

Amanhã, quarta-feira, dia 20 de novembro, será comemorado o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. A data foi instituída pela Lei 12.519/2011 para homenagear o herói da resistência negra Zumbi dos Palmares, que morreu em 20 de novembro de 1695 na luta contra a escravidão no Brasil.
Neste dia, em todo o país, são discutidos a luta pela ampliação dos direitos da população negra, o aumento das oportunidades de ascensão socioeconômica e o combate ao racismo, entre outras matérias relacionadas às questões raciais.
A data não é feriado nacional, e a decisão de instituir feriado ou ponto facultativo é uma resolução de cada estado ou município, sendo que atualmente mais de 1000 municípios brasileiros já decretaram feriado do Dia Nacional da Consciência Negra no dia 20 de novembro. É considerado feriado estadual apenas nos estados de Alagoas, Amapá, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Em Minas Gerais são apenas onze cidades que instituíram feriado municipal nesta data. São elas: Além Paraíba, Belo Horizonte, Betim, Guarani, Ibiá, Jacutinga, Juiz de Fora, Montes Claros, Santos Dumont, Sapucaí-Mirim e Uberaba. Na Bahia, em apenas três cidades será feriado amanhã: Alagoinhas, Camaçari e Serrinha.
Zumbi dos Palmares nasceu livre em 1655, no estado de Alagoas. Porém, aos 7 anos de idade, foi capturado e entregue aos cuidados de um padre da religião católica que o batizou com o nome de Francisco e o ensinou a língua portuguesa. Voltou a viver no quilombo, por volta dos seus 15 anos, onde mais tarde passou a liderar o Quilombo dos Palmares (comunidade formada por escravos negros foragidos) na luta contra a escravidão dos seus companheiros, até ser morto no ano de 1695. A sua figura e a sua luta tornaram-se um símbolo da luta e da resistência contra a escravidão no Brasil.
Um grande abraço espinosense.