Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

sábado, 12 de outubro de 2013

796 - A alegria contagiante de Neusa, a nossa dançarina

Uma das principais características das pequenas cidades são os seus personagens, alguns deles figuras únicas e excêntricas. Normalmente, todos eles possuem uma história de vida de forte teor de dramaticidade e sofrimento.
Estando em Espinosa alguns dias atrás, batendo um papo com Fonso da Codevasf e alguns jovens no Barzinho de Josias, bem ali na Praça Antonino Neves, quis saber quem era aquela senhora que se contorcia animadamente ao som de umas músicas baianas saídas do som de um carro parado ali por perto. E fiquei sabendo que se tratava de uma senhora chamada Neusa, que é apaixonada por música. Dizem que ela não pode escutar uma canção mais animada que logo se entrega à dança. Na conversa que tivemos, também fiquei sabendo da sua triste história. Conforme as informações que tive, ela era esposa de um rapaz negro e morava em uma casa localizada logo depois da linha ferroviária, atrás da Estação Rodoviária, e pude comprovar a sua existência até os dias atuais. Há muito tempo, o seu marido passou em um concurso público para ingressar na Minas Caixa, então instituição financeira do estado de Minas Gerais, mas não foi chamado devido à cor da sua pele. Um completo e condenável absurdo! Após tamanho disparate, depois de mais algum tempo, o seu marido faleceu e ela ficou desamparada e hoje vagueia pela cidade, demonstrando toda a sua alegria, mesmo com todas as vicissitudes da vida.
A ela o nosso respeito e carinho. Que Deus a proteja!
Um grande abraço espinosense.
 

795 - O que vi de positivo e negativo em Espinosa

Estive aproveitando alguns dias de férias em minha terrinha tão calorosa e procurei fazer bom uso do meu tempo ocioso para perambular pela cidade, observando as mudanças por que passa a cidade nesses tempos de indecisão política e de efeitos catastróficos da grande seca que nos assolou neste ano. O meu sentimento é de esperança, como sempre. Se há problemas crônicos que parecem nunca ter solução, o desenvolvimento econômico do país continua impulsionando a economia da cidade, mesmo com a lamentação corriqueira de alguns. O crescimento econômico pode ser percebido nas dezenas de novas construções espalhadas pela cidade, tanto comerciais quanto residenciais.  Ou na proliferação de novas lojas de todas as espécies. Ou ainda na enorme quantidade de novos automóveis, muitos deles de alto valor aquisitivo.
Outro fato que chama a atenção é o grande número de loteamentos iniciados na periferia da cidade, com investimentos significativos de importante parte da população na compra de novos lotes e sítios nas suas imediações. Merece destaque também a elogiável preocupação de expressiva parte dos espinosenses em se dedicar à prática de exercícios físicos, para os cuidados básicos com a saúde, seja através de ginástica feita em academias, caminhadas pelas ruas e na rodovia ou na prática do ciclismo. Uma boa ideia, sem dúvida.
Fiquei feliz ainda com as novas instalações sanitárias da AABB Espinosa, com a elogiável homenagem da Escola Estadual Virgínio Cruz pelos 100 anos de nascimento do poetinha Vinícius de Moraes e pela construção da Escola Técnica de Educação Profissional.   
No lado negativo, a imutável ignorância de uma ampla parcela do povo que insiste estupidamente em jogar lixo nas ruas, praças e leitos dos rios, já bastante castigados pela ação desastrosa de alguns proprietários rurais. Enquanto inúmeras cidades do país (Barreiras, Correntina e Diamantina, por exemplo) protegem os seus rios de maneira decisiva, atraindo turistas e, consequentemente, emprego, dinheiro e melhoria de vida, o povo de Espinosa continua a tratar os seus rios como depósito de lixo. Que vergonha! Coisa semelhante está acontecendo com a intensa quantidade de animais soltos nas ruas da cidade, destruindo os jardins, espalhando o lixo e aumentando consideravelmente o risco de ocorrência de acidentes no trânsito. 
A radicalidade política continua a mesma, infelizmente. Defendem-se correligionários políticos mesmo que erros sejam cometidos e atacam-se adversários políticos como se fossem demônios. Aos parceiros, só elogios. Aos rivais, só críticas pesadas. Até quando isso irá durar? Quando será que chegaremos à imparcialidade de reconhecer as boas atitudes e as corretas práticas administrativas e à neutralidade de tecer críticas duras, justas e pertinentes aos nossos homens da política?
Para ilustrar essas minhas elucubrações, nada melhor do que algumas imagens da nossa terra.
Um grande abraço espinosense.
 
A tristeza da falta de moradia

O Cristo de braços abertos ainda aguarda a reabertura do hospital

A falta de saneamento básico e de asfalto em algumas ruas da cidade

O completo abandono da fonte da Praça Coronel Heitor Antunes
 
O problema dos animais soltos pelas ruas
 
Novas e belas construções residenciais na cidade

Construção de uma nova clínica médica

Nova fachada da Escola Estadual Betânia Tolentino Silveira

Agência do Sicoob Credigerais

Agência da Caixa Econômica Federal

Novos loteamentos na periferia

Farmácia Popular e Academia do Idoso sendo construídas

Canteiro de obras da Escola Técnica
 
A infância feliz e astuciosa do garotinho com seu estilingue

A animação dos peladeiros do Estádio Poeirinha

O campinho de terra da meninada ainda nos dá esperança de dias melhores

O cuidado da mulherada com a saúde

A dádiva da chuva no final da tarde

A felicidade da torcida cruzeirense vendo o jogo no trailer de Van

O sempre abastecido Mercado Municipal

Promoção de campeonatos esportivos, uma saudável necessidade

A pelada de sempre na AABB
 
O encontro com a galera não poderia faltar

A pose dos amantes da bola

O reencontro com os amigos e colegas de BB
 
A confirmação da beleza ímpar do nosso por do sol

A certeza da paz eterna dos nossos entes que partiram, vigiados pela coruja atenta