Espinosa, meu éden

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quinta-feira, 18 de julho de 2013

749 - O sonho acabou?

Com a inesperada derrota para o Olimpia por 2 x 0 ontem à noite, em uma festa espetacular da torcida paraguaia no Defensores del Chaco, a tão esperada conquista da Copa Libertadores da América pelo Atlético parece estar se distanciando irremediavelmente da Cidade do Galo. A grande atuação da equipe, que todos os fanáticos atleticanos esperavam, não se concretizou e o time acabou sendo derrotado de maneira justa pelo time do Olimpia. Não há o que reclamar, principalmente da arbitragem do argentino Néstor Pitana, que teve boa atuação.
O jogo foi bastante equilibrado na maior parte do tempo, mas as falhas de marcação e de posicionamento do time atleticano foram determinantes para a derrota. No primeiro gol, Diego Tardelli não acompanhou a progressão de Alejandro Silva e Réver também não conseguiu desarmá-lo. No segundo gol paraguaio, marcado em uma falta cobrada com maestria por Wilson Pittoni no último minuto da partida, uma indecisão entre o atacante Alecsandro e o goleiro Víctor foram cruciais para o desastre. Muitos jogadores também estiveram em uma noite sem qualquer inspiração. Ronaldinho Gaúcho foi um deles. Totalmente anulado pela forte marcação do Olimpia, o craque alvinegro teve pouca movimentação, não conseguiu criar jogadas e ainda errou quase todos os escanteios e cobranças de falta durante o jogo. Foi corretamente substituído aos 20 minutos do segundo tempo. Uma noite para se esquecer.
O Atlético, porém, também criou algumas boas chances de marcar o seu gol, mas infelizmente nenhuma delas se concretizou. A melhor delas aconteceu aos 32 minutos do segundo tempo quando Jô, recebeu ótimo passe de Guilherme e finalizou bem para uma defesa espetacular e milagrosa do goleiro Martin Silva, com o pé esquerdo, impedindo o gol atleticano. A partida foi assim, muita disputa, muitos passes errados, chances para os dois lados e muita emoção.
Para o segundo e decisivo combate no Mineirão, o Atlético não terá as presenças dos laterais Marcos Rocha e Richarlyson. O primeiro fará muita falta já que é uma das eficientes armas ofensivas do treinador Cuca para a criação de jogadas pelo lado direito do ataque. Já Richarlyson, que não conta com a simpatia de grande parte da torcida pelo seu estilo estabanado de jogar, não fará muita falta, pois Júnior César tem todas as condições para substituí-lo bem. A esperança é que Leandro Donizete possa estar totalmente recuperado e volte a compor o meio de campo, refazendo a entrosada dupla de marcação com o Pierre. Outra excelente notícia é o retorno do excelente Bernard, que fez muita falta no jogo de ontem.
Nas partidas finais da Libertadores os gols marcados como visitante não valem como critério de desempate, o que favorece um pouco a difícil tarefa do time alvinegro. Havendo vitória do Atlético por dois gols de diferença, haverá prorrogação e se mantido o resultado, decisão nos pênaltis.
A reversão deste resultado negativo de dois gols de diferença parece bastante improvável, pois o Olimpia se destaca exatamente pela sua extrema competência em armar esquemas defensivos. Entretanto, a superioridade técnica do time do Atlético é facilmente percebida em uma análise mais apurada. O Atlético tem sim todas as condições de impor o seu ritmo de jogo no Mineirão, com o apoio incondicional dos mais de 60 mil apaixonados torcedores que estarão presentes na próxima quarta-feira, e realizar mais um feito histórico na sua rica trajetória.
É difícil? Sim, é difícil. É improvável? Sim, é improvável. É impossível? Não, não é impossível. O futebol, na sua história secular, é um esporte completamente imprevisível e produz constantemente resultados inesperados. Já vi muitos resultados improváveis e em que ninguém acreditava se tornarem realidade. Agora, mais do que nunca, a torcida atleticana tem que acreditar e fazer valer a sua força no jogo da volta, na próxima semana, e empurrar o time o tempo inteiro em busca da vitória heroica que dará ao clube o seu mais importante título. Yes, we CAM. Eu acredito!
Um grande abraço espinosense.