Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

quinta-feira, 7 de março de 2013

660 - Essas mulheres guerreiras da Rua da Resina

Em quase todo o mundo, no dia 8 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher, data escolhida para se homenagear as mulheres pelas suas heroicas lutas sociais, econômicas e políticas, ocorridas em vários lugares e momentos da história da civilização.  E como merecem homenagens as mulheres!
São tantas delas importantes na minha vida! A começar por aquela, a mais importante, que concedeu-me a vida, minha mãe Juvercina Tolentino de Freitas, a Dona Zu, que infelizmente não mais está entre nós, mas certamente descansa em paz ao lado do Senhor.
Outra é a minha companheira de tantas batalhas, muitas vencidas, algumas perdidas, mas de muito mais momentos de alegria que tristeza, de ocasiões inesquecíveis de amor e de comoventes emoções (duas delas magníficas, quando nossos filhos chegaram a este mundo), minha esposa Cléa Márcia. E tantas outras mais: minha irmã Joana D´Arc, minhas avós Judith e Joana, minhas tias maravilhosas, as meninas com quem tive relacionamentos e que até hoje merecem todo o meu carinho e respeito, minhas sobrinhas, minhas cunhadas, minhas concunhadas, minha sogra Nininha, minhas amigas e colegas de trabalho, minhas professoras, minhas amigas de escola, de Rua da Resina e da vida.
Mas com toda a importância de todas elas, hoje eu quero homenagear algumas mulheres da Rua da Resina, exemplos supremos de batalhadoras incansáveis na dura edificação das suas famílias e que tem lugar reservado eternamente dentro do meu coração. Minha mãe, Minha avó "Madrinha" Judith, Dona Zulmira, Tia Lia, minha professora Dona Nair Meira, Dona Cida, Dona Noeme, Dona Nininha de Olavo, Dona Madalena, Dona Julinha, Dona Rita e Dona Cassionília, entre outras. Algumas já se encaminharam para o paraíso do Senhor, outras continuam a dura caminhada aqui na Terra, mas todas elas foram vitoriosas na difícil tarefa de gerar e criar os filhos, conduzindo-os ao caminho correto da honestidade e da dignidade. No fundo, todas elas são um pouquinho mães de todos nós da Rua da Resina. Que Deus as proteja!
Um grande abraço espinosense.
Minhas avós Judith (materna) e Joana (paterna)
Minha mãe, Dona Zu, e minha esposa, Cléa Márcia

Minha amada Tia Lia
Dona Noeme

Dona Cida
Dona Nair

Dona Madalena

659 - Fotografia, que ótima criação humana!

Hoje, com toda a tecnologia disponível, é muito fácil registrar os bons (ou maus) momentos das nossas vidas com uma câmera fotográfica, nas reuniões de familiares e amigos ou em qualquer outro lugar. Ou até com o aparelho de telefone celular, tão comum hoje em dia. Não mais se usa filme fotográfico ou aquelas câmeras enormes de antigamente que eram dificílimas de carregar. E o trabalho que dava para revelar os filmes? E a famosa Rolleiflex, famosa câmera fotográfica que aparece na letra da música de um clássico da Bossa Nova, "Desafinado"? E a câmera que iria revolucionar a história da fotografia ao revelar o filme instantaneamente, a Polaroid? E a Xeretinha, que era descartável? Coisas do passado. A fotografia digital veio revolucionar e democratizar o acesso de uma grande massa de pessoas ao mundo das imagens. 
A fotografia, uma de minhas paixões, não apenas registra um momento qualquer de nossas vidas, mas imortaliza um instante, cria um laço sentimental com pessoas e com a nossa história de vida, denuncia abusos, glorifica gestos heroicos, transmite emoções e causa mudanças significativas na história de nações e pessoas em todo o mundo. 
Aqui estão algumas das mais importantes imagens da história:
A fotografia de um casal se beijando apaixonadamente na Times Square em 14 de agosto de 1945, transmitia a ideia do feliz reencontro após a guerra. Fotografia de Víctor Jorgensen.
No famoso Massacre da Praça da Paz Celestial (Tiananmen) em 1989, na China, um desconhecido cidadão impede a passagem dos tanques de guerra, numa demonstração de coragem e heroísmo. Fotografia de Stuart Franklin-Magnum.
Em 1993, a fotografia de uma menina quase à morte devido à fome no Sudão, espreitada por um abutre, chocou o mundo. Fotografia de Kevin Carter.
A menina Pham Thi Kim Phuc em fuga desesperada depois do bombardeio americano no Vietnã em 8 de junho de 1972. Fotografia de Nick Ut.
Thich Quang Duc, um monge budista, ateia fogo ao seu corpo em um protesto contra a perseguição religiosa empreendida pelo governo do Vietnã do Sul, em 1963. Fotografia de Malcolm Browne.
A imagem da intolerância e da imbecilidade do ser humano: bebedouros separados para brancos e negros no estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos em 1950. Fotografia de Elliott Erwitt-Magnum-Latinstock.  
Uma imagem marcante da luta da sociedade brasileira contra a ditadura militar, tirada na Passeata dos Cem Mil no dia 26 de junho de 1968, no Rio de Janeiro. Fotografia de Evandro Teixeira.
A incrível corrida do ouro no garimpo de Serra Pelada, no Pará, fotografada em abril de 1986. Fotografia de Sebastião Salgado.

A seguir uma breve história da fotografia, conforme a wikipedia.org.
Por volta de 350 a.C., aproximadamente na época em que viveu Aristóteles na Grécia antiga, já se conhecia o fenômeno da produção de imagens pela passagem da luz através de um pequeno orifício.
A fotografia nasceu em preto e branco, mais precisamente como o preto sobre o branco, no início do século XIX. A primeira fotografia reconhecida remonta ao ano de 1826 e é atribuída ao francês Joseph Nicéphore Niépce. Contudo, a invenção da fotografia não é obra de um só autor, mas um processo de acúmulo de avanços por parte de muitas pessoas, trabalhando, juntas ou em paralelo, ao longo de muitos anos.
O mais antigo destes conceitos foi o da câmara escura, descrita pelo napolitano Giovanni Baptista Della Porta, já em 1558, e conhecida por Leonardo da Vinci que a usava, como outros artistas no século XVI, para esboçar pinturas. Paralelamente, outro francês, Daguerre, produzia com uma câmera escura efeitos visuais em um espetáculo denominado "Diorama". Após a morte de Niépce, Daguerre desenvolveu um processo com vapor de mercúrio, que reduzia o tempo de revelação de horas para minutos. O processo foi denominado daguerreotipia.
O britânico William Fox Talbor, desenvolveu um diferente processo denominado calotipo, usando folhas de papel cobertas com cloreto de prata, que posteriormente eram colocadas em contato com outro papel, produzindo a imagem positiva. À época, Hippolyte Bayard também desenvolveu um método de fotografia. Porém, por demorar a anunciá-lo, não pôde mais ser reconhecido como seu inventor. 
No Brasil, o francês radicado em Campinas, Hércules Florence, conseguiu resultados superiores aos de Daguerre, pois desenvolveu negativos. Contudo, apesar das tentativas de disseminação do seu invento, ao qual denominou "Photographie" (foi o legítimo inventor da palavra), não obteve reconhecimento à época. Sua vida e obra só foram devidamente resgatadas em 1976, por Boris Kossoy. 
A fotografia se popularizou como produto de consumo a partir de 1888. A empresa Kodak abriu as portas com um impactante discurso de marketing, onde todos podiam tirar suas fotos, sem necessitar de fotógrafos profissionais, com a introdução da câmera tipo "caixão" e pelo filme em rolos substituíveis, criados por George Eastman.
A primeira fotografia colorida permanente foi tirada em 1861 pelo físico James Clerk Maxwell. O primeiro filme colorido, o Autocromo, somente chegou ao mercado no ano de 1907 e era baseado em pontos tingidos de extrato de batata. O primeiro filme colorido moderno, o Kodachrome, foi introduzido em 1935, baseado em três emulsões coloridas. A maioria dos filmes coloridos modernos, exceto o Kodachrome, são baseados na tecnologia desenvolvida pela Agfacolor em 1936. O filme colorido instantâneo foi introduzido pela Polaroid em 1963, uma verdadeira revolução.


A grande mudança recente, produzida a partir do final do século XX, foi a digitalização dos sistemas fotográficos. A fotografia digital mudou paradigmas no mundo da fotografia, minimizando custos, reduzindo etapas, acelerando processos e facilitando a produção, manipulação, armazenamento e transmissão de imagens pelo mundo.
A imagem logo abaixo mostra uma pose de vários senhores engravatados, duas crianças e uma senhora em um lugar indeterminado de Espinosa. Esta foto foi-me cedida por Tim de Disson, a quem mais uma vez agradeço a gentileza. Se não me engano, o senhor de óculos parece ser Sêo Crispim Vieira, fotógrafo e comerciante espinosense que morava na Rua da Resina. Se alguém identificar esse pessoal, mande mensagens, por favor.
Um grande abraço espinosense.

Recebi e-mail de minha amiga Luciana Maria Ramos Cruz Silva, identificando alguns personagens da fotografia acima, de acordo com informações da sua irmã Zélia. Assim, estão na foto Dona Olíbia do Cartório, Sêo José Figueiredo, Sêo Crispim Vieira (em pé), senhor não identificado, Sêo Osvaldo Mascate, o jovem Juracy Barbosa, Sêo Teotônio Barbosa (nosso poeta), criança não identificada e Sêo Juvenal Ribeiro da Cruz. Pelos senhores presentes na foto, imagino que tenha sido tirada na Rua Dom Lúcio. 
À Luciana, o meu agradecimento pela relevante colaboração. 

658 - Encontros Memoráveis da Música: Renato Russo e Cássia Eller

Um encontro musical mágico e histórico. É realmente uma pena que eu não tenha conseguido encontrar imagens desta parceria na Internet, que parece não ter se concretizado em nenhum palco, mas infelizmente apenas em estúdio. Mas se esta música já me emocionava cada vez que a ouvia só com a versão da Legião Urbana, não posso conter as lágrimas de emoção ao ouvir Renato Russo e Cássia Eller cantando juntos esta criação maravilhosa da canção brasileira. Quanta falta fazem esses dois artistas especiais na minha vida! A letra diz tudo: "Aonde está você agora, além de aqui, dentro de mim?" ou "Já que você não está aqui, o que posso fazer é cuidar de mim". Simplesmente maravilhoso. 
Um grande abraço espinosense.

Vento no Litoral

De tarde quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento ainda está forte e vai
Ser bom subir nas pedras, sei
Que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora...

Agora está tão longe, vê
A linha do horizonte me distrai
Dos nossos planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos na mesma direção
Aonde está você agora
Além de aqui, dentro de mim?

Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua e se entregar é uma bobagem
Já que você não está aqui
O que posso fazer
É cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos
Lembra que o plano era ficarmos bem?
Ei, olha só o que eu achei: cavalos-marinhos...

Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora...