Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

523 - Será o Atletiquinho?

Não tenho certeza completa, mas esse time da fotografia abaixo era o Atletiquinho. O nome, acho, era para rivalizar com o Cruzeirinho, já mais antigo e famoso na cidade. A foto foi tirada no Estádio Caldeirão, quando o gramado ainda era um sonho de todos nós, apreciadores do futebol. 
Ao identificar os jogadores, percebi muitos conhecidos e amigos meus, com os quais tive a grata satisfação de jogar junto, mesmo que alguns deles sejam bem mais jovens do que eu. Inga, Racine e Marinho foram meus companheiros de futebol de salão quando vencemos um torneio promovido pela Toca dos Craques, naquela época áurea deste esporte em Espinosa. Uma pena que Marinho já não esteja entre nós. Janinho foi meu colega de equipe no Palmeirinhas de Bené (onde andará?) e logo depois no Cruzeirinho. Naneza e Doidinho foram parceiros no inesquecível time do 9 de Março, uma verdadeira seleção de grandes jogadores veteranos que marcou o futebol de Espinosa por longos anos. Os outros sempre jogaram pelo Ypiranga. Uma curiosidade aí é a presença do atual prefeito de Mamonas, Edivan Roberto Cardoso, o Vando. Bons tempos do futebol na nossa cidade.
Um grande abraço espinosense.

522 - Alceu Valença, o maior alquimista da música brasileira

Uma moça bonita
De olhar agateado
Deixou em pedaços o meu coração
Uma onça pintada
E seu tiro certeiro
Deixou os meus nervos
De aço no chão

Foi mistério e segredo
E muito mais
Foi divino brinquedo
E muito mais
Se amar como dois animais

Meu olhar vagabundo
De cachorro vadio
Olhava a pintada
E ela estava no cio
Era um cão vagabundo
E uma onça pintada
Se amando na praça
Como os animais

"Como dois animais". Essa música tem muito a ver com a felicidade da minha vida, desde que, ainda muito jovem, ouvia extasiado e encantado a batida contagiante da música do pernambucano Alceu Valença, ainda gravado no velho, preto e com um buraco no meio disco de vinil. E ela foi trilha sonora da descoberta do amor e da iniciação de um relacionamento de uma vida inteira. Alceu Valença é parte integrante e indissociável da minha história. Com a sua diversidade musical, sua espontaneidade contagiante, sua alegria visceral, sua capacidade especial de misturar todos os ritmos como um alquimista tresloucado, o Menestrel  de São Bento do Una incendeia a plateia sempre que toca e canta as suas canções eletrizantes. Coco, caboclinho, repente, baião, maracatu, frevo, xote, embolada, balada, forró, afoxé, rock, toda essa variedade de ritmos e sonoridades são misturados maravilhosamente na mente talentosa de Alceu Valença.
Alceu de Paiva Valença, nasceu em 1° de julho de 1946 na Fazenda Riachão, na cidade pernambucana de São Bento do Una, filho de Sêo Décio e Dona Adelma. A iniciação artística se dá aos 4 anos, quando participa de um concurso infantil no Cine Teatro Rex, em São Bento do Una, cantando “É Frevo Meu Bem”, de Capiba, no qual consegue a segunda colocação. 
Em 1952 muda-se com os pais e os três irmãos para a cidade de Garanhuns (PE), onde seu pai advogado trabalha como promotor. Começa a ter contato com sons tão diversos como som de aboios, emboladores, cordelistas, violeiros, pífanos e mais cantores como Silvio Caldas, Carlos Galhardo, Orlando Silva, Francisco Alves, Dalva de Oliveira, Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga e outros tantos que aportavam em seus ouvidos através dos alto-falantes públicos das feiras da cidade.
Em 1955 a família segue para a capital pernambucana, Recife, onde passa a morar na Rua dos Palmares. Começa a jogar basquete pelo Clube Náutico Capibaribe e pela seleção pernambucana. Na mesma época, com 13 anos, era dedicado ao esporte: depois que o ponta-direita fraturou a clavícula numa partida de futebol, abraça com paixão o basquete, esporte pelo qual sagrou-se tetracampeão pernambucano e brasileiro pelo Clube Náutico Capibaribe, time tradicional da capital do estado, dividindo seu coração de torcedor do Sport Recife.
O interesse pela música crescia junto com o rapaz e sua cabeleira. Aos 15 anos, Dona Adelma o presenteia com um violão, que ele aprende a tocar “de ouvido”, uma vez que o pai o proibira de se dedicar ao instrumento, “para estudar e ser alguém na vida”. Em 1965 inicia o curso de direito na Universidade do Recife (PE). Em setembro de 1968, participa do I Festival Universitário Brasileiro da MPB, no Rio de Janeiro, com “Maria Alice”. Em outubro, com “Diálogo”, integra o I Festival Universitário da MPB (Canto do Norte 68), no Recife. Através de um programa de intercâmbio estudantil participa de conferências na Universidade de Harvard (Boston, EUA) em 1969. Forma-se advogado pela Faculdade do Recife. “Acalanto para Isabela” e “Desafio Linda” recebem, respectivamente, a primeira e a terceira colocação na fase regional do I FIC, em Recife. “Acalanto para Isabela” é eleita para participar do I Festival Internacional da Canção nacional, realizado no Rio de Janeiro. Em junho de 1970, coloca “Manhã de Clorofila” no III Festival Universitário de MPB, no Recife. Em julho, inscreve no Balaio do V Festival Internacional da Canção, no Rio de Janeiro, três composições: “Fiat Lux Baby”, “Erosão” e “Desafio Linda”. Nasce no Recife Alceu Valença Filho, o Ceceu, primeiro filho de Alceu Valença, com Eneida, sua primeira esposa. Muda-se para o Rio de Janeiro. Em janeiro de 1971, integra o elenco do show “Erosão a Cor e o Som”, no Teatro Popular do Nordeste, na capital pernambucana. Em agosto, acontece no Rio de Janeiro, o IV Festival Universitário da MPB, no qual classifica “Água Clara”, “78 Rotações” (parceria com Geraldo Azevedo) e “Planetário”. Classifica “Papagaio do Futuro” para o VII Festival Internacional da Canção, no Rio, em setembro de 1972. O número é interpretado por Alceu e Jackson do Pandeiro. Apresenta em Recife o show “Papagaio do Futuro”. 
Grava o primeiro disco, pela Copacabana, ao lado de Geraldo Azevedo: “Alceu Valença e Geraldo Azevedo” é o primeiro registro discográfico da carreira de Alceu. Em janeiro de 1974 monta o show “O Ovo e a Galinha” no Recife. Em fevereiro de 1975 , participa do Festival Abertura, promovido pela TV Globo, no Rio de Janeiro, com a canção “Vou Danado pra Catende”, e recebe do júri o prêmio de “melhor pesquisa musical”. Estréia o show “Vou Danado pra Catende” no Teatro Tereza Rachel, em Copacabana, que se transforma no repertório do primeiro disco ao vivo, “Vivo”, lançado no ano seguinte pela Som Livre. Ao lado de Jackson do Pandeiro, faz uma série de shows para o Projeto Seis e Meia, inicialmente no Teatro João Caetano, no centro do Rio de Janeiro e depois em outras cidades brasileiras no ano de 1976. Em 1977 acontece o lançamento do LP “Espelho Cristalino”, pela Som Livre. No ano seguinte percorre várias cidades do país com o Projeto Pixinguinha, dividindo o palco com Jackson do Pandeiro. Leva o repertório de “Espelho Cristalino” para o palco com o show “Alceu Valença em noite de black tie”. Faz uma pequena temporada de shows em 1979, intitulada “Alceu Valença em noite de au revoir”, na Escola de Artes Visuais, no Rio de Janeiro, antes de seguir para uma temporada de shows na França. Em Paris, apresenta temporada no Teatro Campagne Première, grava informalmente o disco “Saudades de Pernambuco” (que permanece inédito no Brasil), percorre algumas cidades européias como Lyon (França), Nyon (Suíça, para participar do Nyon Folk Festival), o interior da Alemanha, além de gravar um show para a RTF (Radio Television Française). De volta ao Brasil apresenta no Teatro Ipanema, Rio de Janeiro, o show “O cantador”. Lança o LP “Coração Bobo” (Ariola) em 1980, cuja música de mesmo nome estoura nas rádios de todo o país, revelando o nome de Alceu Valença para o grande público. Apresenta-se em vários estados brasileiros. Lança, em 1981,  “Cinco Sentidos” (Ariola) e faz shows em diversas cidades brasileiras.
No ano seguinte, o disco “Cavalo de Pau” (Ariola) faz sucesso em todo o país. É o primeiro estouro de vendas da carreira de Alceu, que alcança a marca de 500 mil cópias vendidas em poucos meses, feito considerável para a época. Em julho, leva o espetáculo ao festival de Montreux, na Suíça e faz shows em Portugal e França. 1983: Lançamento de “Anjo Avesso” (Ariola) e turnê brasileira. 1984 é o ano de lançamento do disco “Mágico” (Barclay), turnê brasileira e apresentação no Festival de Nice (França). Em janeiro de 1985, participa do Rock in Rio, primeiro grande festival musical internacional realizado no país, seu show é um dos mais elogiados pela crítica. Lançamento de “Estação da Luz” (RCA), turnê brasileira e apresentação em Havana (Cuba). Lançamento do LP “Ao Vivo”, pela Barclay/Polygram, ex-gravadora de Alceu. Em 1986 vem o lançamento do show “Rubi” (RCA), turnê brasileira e apresentação no estádio de La Villete, em Paris (França). Mais um disco sai em 1987: lançamento de “Leque Moleque”, turnê brasileira e apresentação no Carnegie Hall, Nova Iorque (EUA). 
Gravado ao vivo no Rio de Janeiro, o show “Oropa, França e Bahia” é transformado em disco pela RCA e excursiona em diversas cidades brasileiras no ano de 1988. No exterior, vai a Paris (França), Stutgart, Munique, Frankfurt, Colônia, Hamburgo (Alemanha) e Viena (Áustria). Lançamento de “Andar Andar” (EMI) e turnê brasileira em 1990. Em 1991 é um dos poucos artistas brasileiros que integram o elenco nacional do Rock in Rio II. Apresenta-se na mesma noite de Santana e Prince, fechando a noite com um show considerado antológico pela crítica. Em 1992, lançamento de “7 Desejos” (EMI) e turnê brasileira. Nasce no Rio de Janeiro Juliano Miranda Valença, segundo filho de Alceu, com Daniela Miranda, sua segunda esposa. Lançamento de “Maracatus, Batuques, Ladeiras” (BMG) em 1994 e turnê brasileira.
Ao lado de Geraldo Azevedo, Zé Ramalho e Elba Ramalho participa da série de shows “O Grande Encontro”, que percorreu diversas cidades brasileiras e registrada pela gravadora BMG no CD de mesmo nome em 1996. Em abril de 1997, vai ao Festival de Montreux apresentar o show “O Grande Encontro”. Em maio, grava “Légua Tirana” para o disco “Asa Branca”, de Dominguinhos (Velas). Lançamento de “Sol e Chuva”, pela Som Livre, em comemoração aos 25 anos de carreira e série de shows pelo país Em julho de 1998, faz novo show no Festival de Montreux. O CD “Forró de Todos os Tempos” foi gravado de forma independente e lançado pela Sony, ampliando a execução do forró no sudeste do país. 
Em abril de 1999, Alceu é submetido a uma cirurgia cardíaca, no Rio de Janeiro, para a colocação de ponte de safena. Lançamento de “Todos os Cantos” (Abril Music), gravado ao vivo em apresentações no Recife, em Olinda e em Montreux (Suíça), onde havia se apresentado em 1998. Praticamente recuperado da cirurgia, em maio de 1999, recebe, junto com a notícia da extinção da premiação, o Prêmio Sharp de Música nas categorias ‘Melhor CD Regional’ por "Forró de Todos os Tempos" e "Melhor Cantor Regional". Pouco depois, em julho, recebe novo reconhecimento, o 12º Troféu Eletrobrás de MPB. Em julho de 2000, participa da noite “Pernambuco em canto: carnaval de Olinda”, no Festival de Montreux (Suíça), ao lado de Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Naná Vasconcelos e Moraes Moreira. Lançamento em 2001 do CD “Forró Lunar” (Sony Music) e turnê brasileira. Nasce no Rio de Janeiro Rafael Montenegro Valença, terceiro filho de Alceu, com Yanê Montenegro. Lançamento do CD “De Janeiro a Janeiro”, em comemoração aos 30 anos de carreira, em 2002. De forma independente, o CD sai pelo selo Tropicana, do próprio Alceu, encartado na Revista Música de Atitude, distribuído em bancas de jornal.
Em maio de 2003 grava novo projeto ao vivo no Rio de Janeiro (Indie Records), reunindo vários sucessos em CD e, pela primeira vez, em DVD. Em julho, é agraciado com o Prêmio Tim de Música Brasileira na categoria "Melhor cantor regional", pelo CD "De Janeiro a Janeiro", em cerimônia realizada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Ainda nesse mês chega às lojas o CD "Ao vivo em todos os sentidos". Em agosto o DVD do mesmo projeto é lançado.
Desde 2009, vem trabalhando no seu filme "Cordel Virtual (A Luneta do Tempo)", um musical bem diferente que faz um mergulho no seu passado e nas suas raízes musicais, englobando todas as suas influências.
Sempre com sua verve bem humorada, Alceu Valença andou publicando no You Tube, vídeos em que ele toca e canta no banheiro, na maior intimidade. A ideia surgiu de repente, quando ele foi flagrado pela esposa cantando no banheiro de casa. Ela gravou a apresentação e o animou a continuar, fazendo outros vídeos, o que é bem a cara de Alceu, muita alegria, descontração e bom humor. Viva Alceu Valença!
Fonte: alceuvalenca.com.br
Um grande abraço espinosense.







521 - A eterna Rainha Elizabeth II

Ao som de "Chariots of Fire (Carruagens de Fogo)", do "Vangelis", este interessante vídeo encontrado na Internet nos mostra toda a trajetória de vida da carismática rainha inglesa Elizabeth II, em centenas de fotografias que vão desde a sua infância até o momento em que ela completa o seu Jubileu de Diamante no comando da família real britânica. Para comemorar os 60 anos de reinado da rainha, aconteceram vários eventos na capital inglesa nos dias 2 e 5 de junho, entre eles um grande piquenique e um show de música nos jardins do Palácio de Buckingham, que contou com a presença de grandes astros da música como Sir Paul McCartney, Elton John, Annie Lennox e Robbie Williams.
A programação contou também com uma missa na catedral de Saint-Paul, o desfile de carruagens, grande desfile náutico de mil barcos no Rio Tâmisa e a saudação da rainha na sacada do palácio que fechou a celebração em grande estilo. Uma comemoração especial para um símbolo de dignidade e estabilidade do Reino Unido, realizado com grande beleza e muita competência.
Elizabeth II é apenas a segunda monarca britânica a ultrapassar os 60 anos de reinado e chegar ao Jubileu de Diamante. A outra foi a rainha Victória, que reinou de 1837 a 1901.
O outro vídeo mostra os minutos finais das comemorações nos jardins do Palácio de Buckingham.
Um grande abraço espinosense.