Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

quinta-feira, 3 de maio de 2012

416 - Elegantes personagens de outrora

Quando observamos velhas fotografias encontradas no fundo do baú, uma característica marcante nos salta aos olhos: a elegância das pessoas, mesmo daquelas menos favorecidas economicamente, no tocante às roupas. As mulheres, sempre com seus longos vestidos bem costurados, feitos à mão pelas costureiras de então. Os homens, sempre elegantes e bem vestidos com os seus ternos bem cortados por ases da tesoura, os já quase inexistentes alfaiates. Com a chegada das fábricas de confecções que vendem a roupa pronta, já confeccionada, os alfaiates e costureiras tiveram o seu campo de trabalho bastante reduzido. Quem hoje em dia manda fazer roupa sob medida? Algumas mulheres ainda usam essa possibilidade, mas quanto aos homens, isso se torna cada vez mais raro.
Tenho o orgulho de ter na família dois especialistas na confecção de roupas. A minha saudosa mãe, Dona Zu, criou a todos nós, seus três filhos, com a labuta diária na função de costurar para as mulheres de Espinosa. Já o meu Tio Luizão, por muito tempo, trabalhou como alfaiate ali na esquina da nossa famosa Rua da Resina com a Rua Arthur Bernardes.
Nas fotografias abaixo, pode-se notar o requinte das roupas dos músicos, com os seus ternos e as suas gravatas bem alinhadas e a elegância do militar, bem como os hoje desaparecidos suspensórios na roupa do garotinho, que mesmo de pés descalços esbanja sua elegância. Coisas de Espinosa.
A propósito, alguém poderia identificar esses distintos personagens?
Um grande abraço espinosense.


415 - O eterno sucesso de Chaves e sua turma

É difícil encontrar alguém por aí que não goste ou pelo menos não tenha uma pequena simpatia pelos personagens da série mexicana "Chaves", apresentada aqui no Brasil pelo canal do SBT, do famoso apresentador Sílvio Santos, e pelo Cartoon Network, na TV paga. O programa, originalmente "El Chavo del Ocho" (O garoto do oito) no México, foi criado e estrelado pelo excelente comediante Roberto Gómez Bolaños e exibida entre 20 de junho de 1971 e 12 de janeiro de 1992.
O enredo gira em torno das aventuras e peraltices do menino órfão Chaves, vividas em uma pequena vila da periferia da capital mexicana ao lado de seus humildes amigos. O humor ingênuo e repleto de bordões e de fina ironia, sem o uso de palavras chulas ou situações de apelação sexual conquistam a todos aqueles que apreciam humor de qualidade. Adultos e crianças são atraídos, indistintamente, pelo carisma dos personagens. 
A história da série começa como um esquete do programa Chespirito, apresentado por Roberto Bolaños, ao lado da atriz María Antonieta de las Nieves, que faz a personagem "Chiquinha". Depois foram sendo adicionados mais personagens ao seriado como a Dona Florinda (Florinda Meza, esposa de Bolaños desde 2004), Seu Madruga (Ramón Valdés, morto em 1988), Professor Girafales (Rubén Aguirre), Quico (Carlos Villagrán), Dona Clotilde (Angelines Fernandez, morta em 1994), Seu Barriga (Edgar Vivar), Nhonho (Edgar Vivar), Godinez (Horácio Gomez Bolaños, morto em 1999), Jaiminho (Raul Padilla, morto em 1994), Dona Neves (María Antonieta de las Nieves), Pópis (Florinda Meza) e Paty (Anna Lilian de la Macorra).
Anteriormente havia sido criado o personagem Chapolin Colorado, também representado por Bolaños, o super-herói fraco e medroso que combate os seus inimigos com muita astúcia e inteligência, portando seu indefectível uniforme vermelho e suas antenas na cabeça, numa clara sátira aos super-heróis americanos.
O criador desses personagens simples, mas geniais, é o grande (apesar dos seus 1,60m de altura apenas) comediante mexicano Roberto Gomez Bolaños que neste ano de 2012, dia 21 de fevereiro, completou seus 83 anos de vida, infelizmente com a saúde bastante debilitada.




Para quem já teve oportunidade de assistir, como não se divertir com esses bordões engraçadíssimos?
"Isso, isso, isso!"
"Tá bom, mas não se irrite!"
"Foi sem querer querendo."
"Ninguém tem paciência comigo..."
"Cale-se, cale-se, cale-se, você me deixa louco!"
"Não contavam com minha astúcia!"
"Oh! E agora, quem poderá me defender?"
"Suspeitei desde o princípio."
"Sigam-me os bons!"
"Aproveitam-se de minha nobreza!"
"Vamos tesouro, não se misture com essa gentalha"

O vídeo abaixo mostra, na íntegra, a belíssima e emocionante homenagem feita ao Roberto Gómez Bolaños, O Chespirito, criador dos eternos Chaves e Chapolim.  

414 - A bela arte de Juan Francisco Casas Ruiz

O artista espanhol Juan Francisco Casas Ruiz nasceu em La Carolina, Jaén, aos 21 de setembro de 1976. Se formou em Belas Artes pela Universidade de Granada em 1999, tornando-se mais tarde Doutorando na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Granada. Vencedor de muitos prêmios e depois de muitas exposições individuais e coletivas, ele atualmente está representado pelas galerias Fernando Pradilla Gallery (Madrid) e da Galeria do Museu (Bogotá, Colômbia).
É realmente impressionante o talento deste artista espanhol, na confecção de figuras humanas com uma perfeição admirável, apenas com o uso de uma simples caneta esferográfica Bic, destas simples que usamos no dia a dia. É claro que ele se utiliza de fotografias como base de suas ilustrações, pois os seus desenhos são criados a partir de fotografias tiradas por ele dos seus amigos, da sua esposa e dos seus familiares, normalmente em poses divertidas, inusitadas e sensuais. O seu processo de criação funciona assim: a partir de uma fotografia digital, ele amplia a imagem obtida e a transforma em enormes pôsteres desenhados à mão apenas com a sua caneta Bic. Assim o seu brilhante trabalho mostra um realismo impressionante, o que nos deixa boquiabertos com a riqueza de detalhes e a perfeição das imagens, dificultada ainda mais pelas dimensões avantajadas dos seus pôsteres. Ele utiliza com frequência imagens sensuais de mulheres despidas, como pode ser apreciado aqui neste link do seu site. Merece uma conferida sem pressa, para apreciar esse belo trabalho artístico.
Um grande abraço espinosense.

O artista e suas obras em seu estúdio em Roma, na Itália