Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

sábado, 16 de julho de 2011

177 - "Causos" e histórias espinosenses: O endiabrado menino da república de Espinosa

Nas décadas de 70 e 80, muitos jovens chegavam a Espinosa vindos de diversas cidades de Minas para iniciar as suas carreiras profissionais em empresas na cidade, entre elas o Banco do Brasil, depois de passar em concursos bastantes disputados. Como teriam de trabalhar no mínimo por dois anos para poder solicitar transferência para outras cidades, e objetivando diminuir as despesas com hospedagens, eles então se agrupavam em casas alugadas na cidade, que eram chamadas de "repúblicas". Ali cada um tinha o seu quarto e as tarefas eram divididas. Mas essa convivência tranquila era às vezes quebrada por algumas peraltices de algum integrante da casa mais bagunceiro. Lembro-me bem de um certo dia de domingo, à noite, logo após a missa na Matriz. O pessoal todo ficava um tempo ali no jardim da praça após a missa, descendo em seguida para a Praça Antonino Neves, onde fervilhava o movimento da cidade. Assim, nesse dia, quando descíamos pela Rua Padre Guilhermino, observamos uma concentração de pessoas na entrada da república dos meninos do Banco, na casa em frente da residência de Tidim. Quando me aproximei para ver o que havia acontecido, havia um cara deitado no sofá, dormindo,  embrulhado, com dezenas de velas ao seu redor. O cara havia se embebedado e dormiu no sofá da sala. Os colegas, entre eles o Pedrinho*, então o sacanearam forjando um velório. Só no dia seguinte ele ficou sabendo o que ocorrera.
Em outra oportunidade, um dos moradores da república possuía um belo pássaro preto. O passarinho era o xodó de Geraldão, um sujeito alto, forte e bastante sistemático. Um belo dia, com Geraldão ausente, Pedrinho*, de sacanagem, retirou o animalzinho da gaiola e torceu o pescoço do pássaro preto, jogando-o no lixo. Em seu lugar, colocou um pé de meia preta velha e mal-cheirosa e foi dormir. Dia seguinte, bem cedo, Geraldão se levanta para ir trabalhar e nota alguma coisa errada. Cadê o canto melodioso do seu amado pássaro preto? Ao conferir a gaiola, a surpresa desagradável. Enfurecido e soltando fogo pelas ventas, ele corre até o quarto de Pedrinho. Só podia ser aquele cara endiabrado. Ao abrir a porta do seu quarto, ninguém. Só mais tarde, no Banco, ele ficaria sabendo que Pedrinho havia viajado de férias e só voltaria no mês seguinte. Coisa de moleque! Esse Pedrinho não era flor que se cheirasse. O cara aprontava todas. Um dia ele apostou com um colega que daria uma volta na Praça Cel. Joaquim Tolentino, a Praça da Matriz, totalmente nu. E o fez. Lá pelas 2 horas da manhã, ele saiu totalmente pelado e ficou um bom tempo na praça, ganhando a aposta.
De outra feita, ele planejou cuidadosamente uma brincadeirinha com um garçom, gente boa, que trabalhava na Churrascaria Los Pampas, de Jaime Zambiasi, que funcionava ali no prédio do antigo Hotel Espigão. O cara trabalhava à noite e durante o dia, morando em uma casa ali ao lado da república dos meninos, dormia sossegadamente no quintal, debaixo de uma grande parreira. Pedrinho, então, arrumou um balde, misturou dentro dele água, tinta, papel higiênico, sabão em pó, detergente e tudo o mais que conseguiu encontrar por ali e ainda pediu ao pessoal que fizesse xixi dentro. Subiu no muro e despejou tudo na cabeça do pobre coitado do garçom que sonhava com os anjinhos. O cara acordou sobressaltado, esbravejando enlouquecido sem entender o que lhe havia acontecido. Depois de se recobrar do susto, partiu furioso e rapidamente para a porta da rua tentando descobrir o autor daquela bandalheira. Lá fora, tudo em completo silêncio. Entrou na república para pegar o canalha que tivera a coragem de fazer aquilo. Ninguém em casa. Pedrinho já estava tranquilamente sentado no Bakana de Waldir Mendes, saboreando uma geladíssima cerveja.
Cenas de cinema! Coisas de Espinosa! Um grande abraço espinosense.
Pedrinho*: nome fictício.

176 - Mike Tyson - O fenômeno avassalador do boxe americano nos anos 80

Acabei de assistir a um excelente documentário sobre a vida de Mike Tyson, com ele mesmo narrando a sua conturbada história de vida. Voltei ao passado instantaneamente ao me lembrar dos bons tempos do boxe americano, em que as apresentações dos grandes lutadores, transmitidas pela televisão, eram esperadas ansiosamente. Quantas vezes fiquei acordado até duas, três horas da madrugada para assistir aos combates entre Tyson e seus adversários? O problema é que Tyson, invariavelmente, trucidava seus oponentes e vencia por nocaute ainda nos primeiros rounds, em menos de 10 minutos. Rápido demais. Mas mesmo assim, era um espetáculo imperdível. Valia a pena ver aquele cara determinado e de semblante ameaçador encarando e amedrontando os adversários antes mesmo do início do combate. Pena que os seus inúmeros problemas pessoais e a sua total desestruturação social e emocional tenha terminado precocemente com sua carreira de imenso sucesso. Mike Tyson foi e é um mito do boxe, assim como Joe Louis, George Foreman, Rocky Marciano e Cassius Clay (Muhammad Ali).
Michael Gerard Tyson nasceu em Nova Iorque, aos 30 de junho de 1966, 45 anos completados agora há pouco. A sua infância e adolescência foram marcadas por graves problemas familiares, no gueto de Bedford-Stuyvesant, no Brooklyn. Seu pai abandonou a família quando ele tinha apenas dois anos de idade, deixando-o em situação de pobreza e abandono. Aos onze anos, depois de ser apanhado em uma gangue cometendo roubos, foi internado em um reformatório para jovens delinquentes. Foi ali que se iniciou a sua brilhante carreira. O diretor do reformatório, um antigo pugilista, percebeu a potencialidade daquele garoto e o motivou a começar a lutar. Tempos depois foi descoberto pelo treinador Cus D´Amato que o adotou e o transformou na mais poderosa máquina humana de trucidar adversários no boxe. Depois de bem-sucedida carreira amadora, profissionaliza-se. Em 1985 vence 14 lutas, 11 das quais por nocaute no primeiro assalto.
O seu melhor momento na carreira aconteceu em 22 de novembro de 1986 quando, ao derrotar Trevor Berbick, conquistou o título mundial de pesos pesados do Conselho Mundial de Boxe (WBC), tornando-se o mais jovem pugilista a alcançar esse feito, com apenas 20 anos de idade. No ano seguinte, conquistou também os títulos mundiais da Federação Internacional de Boxe (FIB), ao derrotar o então campeão Tony Tucker em Las Vegas por pontos, em decisão unânime dos juízes após 15 assaltos; e da Associação Mundial de Boxe (AMB), ao derrotar o pugilista James "Quebra-ossos" Smith, também em Las Vegas e por decisão unânime dos juízes. Em 1988, casou-se pela primeira vez com a atriz e modelo Robin Givens. O casamento, repleto de brigas, acabou pouco tempo depois.
A rotina: nocaute dos adversários 

O potente e destruidor golpe de direita de Tyson
O mundo do esporte ficou totalmente incrédulo na madrugada de 11 de fevereiro de 1990, quando o desacreditado pugilista James "Buster" Douglas nocauteou Mike Tyson no décimo assalto da luta realizada no Tokyo Dome, no Japão. Surpresa geral! Talvez a maior zebra no mundo do boxe. Ele perdeu ali os seus três títulos mundiais.
James "Buster" Douglas nocauteia "Iron Mike"

A queda. A primeira derrota do imbatível Mike Tyson
Em julho de 1991, Tyson participou do júri do concurso Miss América. Foi acusado de violação por uma das participantes. Enquanto aguardava o julgamento continuou a treinar, mas lesionou-se e teve de adiar o combate marcado com Holyfield. Em março de 1992, Mike Tyson foi condenado a seis anos de prisão, mas devido ao bom comportamento, só cumpriu metade da pena. Enquanto esteve na cadeia, converteu-se ao Islã e adotou o nome de Malek Abdul Aziz. Saiu da prisão em março de 1995 e cinco meses depois voltou a combater, exatamente no dia 19 de agosto de 1995 no MGM Grand Garden, para derrotar um desconhecido pugilista irlandês, Peter McNeeley, auto-apelidado de "O Furacão Irlandês", aos 89 segundos do primeiro assalto. Pela vitória, Tyson recebeu 25 milhões de dólares, e McNeeley levou 700 mil dólares.
No ano de 1996 voltou a combater e a vencer, o que o levou a desafiar de novo Evander Holyfield. Em  9 de novembro desse ano o combate teve lugar e Holyfield ganhou, mas Tyson pediu logo a desforra. Os dois pugilistas voltaram a se encontrar em 28 de junho de 1997, na luta divulgada como "O Combate do século". Mas, a 40 segundos do final do terceiro round, deu-se o inesperado. Tyson mordeu a orelha de Holyfield, o que levou à interrupção do combate. Reatado o duelo, Tyson voltou a morder a orelha do oponente e acabou por ser desclassificado. Ele afirmou que só fez aquilo em resposta a repetidas cabeçadas que vinha recebendo de Holyfield (no primeiro confronto entre os dois, Mike também havia reclamado sobre as cabeçadas de Holyfield), gerando uma luta no ringue entre as equipes de apoio dos dois pugilistas. Tyson perdeu o combate e foi banido por um ano da competição. Após cumprido o castigo, o pugilista nova-iorquino voltou a combater e a vencer, mas já muito longe da melhor forma. Em 1998 troca o empresário Don King, com quem esteve por 11 anos, pelo ex-jogador de basquete Magic Johnson.
Mike Tyson, descontrolado, morde a orelha de Evander Holyfield
Em agosto de 1998 viola a liberdade condicional referente à condenação por estupro, ao agredir dois homens. Após três meses e meio de prisão, sai novamente em condicional. Tem permissão da Justiça para lutar. Mas aí a sua carreira já estava encaminhada para o final. Já não tinha motivação para lutar e nem se dedicava mais aos treinos. Lutava só pelo dinheiro. Já não era mais o "Iron Mike", o temido boxeador que havia surpreendido o mundo. Era a derrocada final. O último knock-out.
Tyson chegou a ter uma fortuna avaliada em 300 milhões de dólares. Porém, o dinheiro gasto com mulheres, drogas e noitadas acabou e, em 2003, o milionário boxeador chegou a declarar falência. Inspirado nos desenhos Maori, Tyson fez uma tatuagem em seu rosto, envolvendo o olho esquerdo.
Em mais uma tragédia em sua vida,  no dia 25 de maio de 2009, a filha de Mike Tyson, Exodus Tyson, de apenas quatro anos, sofreu um acidente doméstico fatal: ficou com o pescoço enroscado em uma corda anexa a uma esteira elétrica dentro da casa da família e chegou a ser levada viva para o Hospital St. Joseph's, em Phoenix, mas não resistiu aos graves ferimentos e morreu logo após atendimento médico.
Em 2009 o lutador fez uma participação no filme "Se beber, não case!" interpretando a si mesmo, fato repetido no segundo filme da série, em 2011. Também em 2009, Tyson foi ao programa de Oprah Winfrey para uma entrevista e, ao lado de Evander Holyfield, pediu desculpas ao companheiro de profissão pelas mordidas de orelha.
Tyson foi casado com a atriz Robin Givens e com a doutora Monica Turner, com quem tem dois filhos. O ex-boxeador tem outros cinco filhos de outras relações. A sua terceira esposa se chama Lakiha Spicer, com quem em dois filhos. O dois se casaram oficialmente há dois anos, em uma pequena capela de Las Vegas, em uma rápida cerimônia secreta, apenas duas semanas depois que Exodus, a filha de Tyson, de 4 anos de idade, morreu. Após dois anos de casamento, o ex-pugilista Mike Tyson, renovou os votos de casamento com sua mulher Lakiha Spicer, em uma cerimônia muçulmana.


A história dos combates de Mike Tyson:
Lutas: 58
Vitórias: 50 (44 knockouts, 5 decisões, 1 desqualificação)
Derrotas: 6
Empates: 0
Desistências: 2

Resultado - Recorde - Oponente - Resultado - Round - Tempo - Data - Local
KO - Nocaute     TKO - Nocaute técnico
Derrota - (50-6) - Kevin McBride - TKO - 6 (10) - 3:00 - (11-06-2005) - Washington, DC
Derrota - (50-5) - Danny Williams - KO - 4 (10) - 2:51 - (30-07-2004) - Louisville, KY
Vitória - (50-4) - Clifford Etienne - KO - 1 (10) - 0:49 - (22-02-2003) - Memphis, TN
Derrota - (49-4) - Lennox Lewis - KO - 8 (12) - 2:25 - (08-06-2002) - Memphis, TN
Vitória - (49-3) - Brian Nielsen - TKO - 7 (10) - 3:00 - (13-10-2001) - Copenhagen, Dinamarca
NC - (48-3) - Andrew Gołota - Desistência  - 3 (10) - (20-10-2000) - Auburn Hills, MI
Vitória - (48-3) - Lou Savarese - TKO - 1 (10) - 0:38 - (24-06-2000) - Glasgow, Scotland
Vitória - (47-3) - Julius Francis - TKO - 2 (10) - 1:03- (29-01-2000) - Manchester, England
NC - (46-3) - Orlin Norris - Desistência - 1 (10) - 3:00 - (23-10-1999) - Las Vegas, NV
Vitória - (46-3) - François Botha - KO - 5 (10) - 2:59 - (16-01-1999) - Las Vegas, NV
Derrota - (45-3) - Evander Holyfield - Desqualificação - 3 (12) - (28-06-1997) - Las Vegas, NV
Derrota - (45-2) - Evander Holyfield - TKO - 11 (12) - 0:37 - (09-11-1996) - Las Vegas, NV
Vitória - (45-1)- Bruce Seldon - TKO - 1 (12) - 1:49 - (07-09-1996) - Las Vegas, NV
Vitória - (44-1) - Frank Bruno - TKO - 3 (12) - 0:50 - (16-03-1996) - Las Vegas, NV
Vitória - (43-1) - Buster Mathis, Jr. - KO - 3 (12) - 2:32 - (16-12-1995) - Philadelphia, Pennsylvania
Vitória - (42-1) - Peter McNeeley - Desqualificação - 1 (10) - (19-08-1995) - Las Vegas, NV
Vitória - (41-1) - Donovan Ruddock - Decisão (unânime) - 12 - (28-06-1991) - Las Vegas, NV
Vitória - (40-1) - Donovan Ruddock - TKO - 7 (12) - 2:22 - (18-03-1991) - Las Vegas, NV
Vitória - (39-1) - Alex Stewart - KO - 1 (10) - 2:27 - (08-12-1990) - Atlantic City, NJ
Vitória - (38-1) - Henry Tillman - KO - 1 (10) - 2:47 - (16-06-1990) - Las Vegas, NV
Derrota - (37-1) - James "Buster" Douglas - KO - 10 (12) - (11-02-1990) - Tokyo, Japão
Vitória - (37-0) - Carl Williams - TKO - 1 (12) - 1:33 - (21-07-1989) - Atlantic City, NJ
Vitória - (36-0) - Frank Bruno - TKO - 5 (12) - 2:55 - (25-02-1989) - Las Vegas, NV
Vitória - (35-0) - Michael Spinks - KO - 1 (12) - 1:31 - (27-06-1988) - Atlantic City, NJ
Vitória - (34-0) - Tony Tubbs - TKO - 2 (12) - 2:54 - (21-03-1988) - Tokyo, Japão
Vitória - (33-0) - Larry Holmes - TKO - 4 (12) - 2:55 - (22-01-1988) - Atlantic City, NJ
Vitória - (32-0) - Tyrell Biggs - TKO - 7 (12) - 2:59 - (16-10-1987) - Atlantic City, NJ
Vitória - (31-0) - Tony Tucker - Decisão (unânime) - 12 - (01-08-1987) - Las Vegas, NV
Vitória - (30-0) - Pinklon Thomas - TKO - 6 (12) - 2:00 - (30-05-1987) - Las Vegas, NV
Vitória - (29-0) - James Smith - Decisão (unânime) - 12 - (07-03-1987) - Las Vegas, NV
Vitória - (28-0) - Trevor Berbick - TKO - 2 (12) - 2:35 - (22-11-1986) - Las Vegas, NV
Vitória - (27-0) - Alonzo Ratliff - KO - 2 (10) - 1:41 - (06-09-1986) - Las Vegas, NV
Vitória - (26-0) - José Ribalta - TKO - 10 (10) - 1:23 - (17-08-1986) - Atlantic City, NJ
Vitória - (25-0) - Marvis Frazier - KO - 1 (10) - 0:30 - (26-07-1986) - Glens Falls, NY
Vitória - (24-0) - Lorenzo Boyd - KO - 2 (10) - 1:43 - (11-07-1986) - Swan Lake, NY
Vitória - (23-0) - William Hosea - KO - 1 (10) - 2:03 - (28-06-1986) - Troy, NY
Vitória - (22-0) - Reggie Gross - TKO - 1 (10) - 2:36 - (13-06-1986) - New York City, NY
Vitória - (21-0) - Mitch Green - Decisão - 10 - (20-05-1986) - New York City, NY
Vitória - (20-0) - James Tillis - Decisão - 10 - (09-05-1986) - Glens Falls, NY
Vitória - (19-0) - Steve Zouski  - KO - 3 (10) - 2:39 - (10-03-1986) - Uniondale, NY
Vitória - (18-0) - Jesse Ferguson - Desqualificação - 6 (10) - 1:19 - (16-02-1986) - Troy, NY
Vitória - (17-0) - Mike Jameson - TKO - 5 (8) - 0:46 - (24-01-1986) - Atlantic City, NJ
Vitória - (16-0) - David Jaco - TKO - 1 (10) - 2:16 - (11-01-1986) - Albany, NY
Vitória - (15-0) - Mark Young - KO - 1 (10) - 0:50 - (27-12-1985) - Latham, NY
Vitória - (14-0) - Sammy Scaff - KO - 1 (10) - 1:19 - (06-12-1985) - New York City, NY
Vitória - (13-0) - Conroy Nelson - KO - 2 (10) - (22-11-1985) - Latham, NY
Vitória - (12-0) - Eddie Richardson - KO - 1 (10) - 1:17 - (13-11-1985) - Houston, TX
Vitória - (11-0) - Sterling Benjamin - TKO - 1 (10) - 0:54 - (01-11-1985) - Latham, NY
Vitória - (10-0) - Robert Colay - KO - 1 (8) - 0:37 - (25-10-1985) - Atlantic City, NJ
Vitória - (9-0) - Donnie Long - KO - 1 (6) - 1:28 - (09-10-1985) - Atlantic City, NJ
Vitória - (8-0) - Michael Johnson - KO - 1 (6) - 0:39 - (05-09-1985) - Atlantic City, NJ
Vitória - (7-0) - Lorenzo Canady - TKO - 1 (6) - 1:05 - (15-08-1985) - Atlantic City, NJ
Vitória - (6-0) - Larry Sims - KO - 3 (6) - 2:04 - (19-07-1985) - Poughkeepsie, NY
Vitória - (5-0) - John Alderson - TKO - 2 (6) - (11-07-1985) - Atlantic City, NJ
Vitória - (4-0) -  Ricardo Spain - KO - 1 (6) - 0:39 - (20-06-1985) - Atlantic City, NJ
Vitória - (3-0) - Don Halpin - KO - 4 (4) - (23-05-1985) - Albany, NY
Vitória - (2-0) - Trent Singleton - TKO - 1 (4) - 0:53 - (10-04-1985) - Albany, NY
Vitória - (1-0) - Hector Mercedes - TKO - 1 (4) - 1:47 - (06-03-1985) - Albany, NY


175 - A aventura dos jovens espinosenses na capital

Na década de 70, alguns esperançosos jovens espinosenses deixaram a sua pequena cidade do norte de Minas para tentar ganhar a vida na cidade grande. Alguns, de família melhor situada financeiramente, foram estudar. Outros, mais humildes, se dirigiram à capital do estado na esperança de, além de estudar, arrumar trabalho e conseguir uma melhor condição de vida. O certo é que eram bastante amigos e protagonizaram belas histórias no território belo-horizontino. Como sempre ocorre na vida, eles seguiram caminhos diferentes e hoje estão meio distantes uns dos outros. Nas fotografias abaixo vocês verão alguns desses rapazes em poses nos principais pontos turísticos de Belo Horizonte. São eles: Paulinho de Florival, Sissi Caldeira, Beto Rico (já falecido), Merindão e meu irmão Zé de Freitas. Na atualidade eles estão assim: Paulinho é comerciante em Espinosa, na loja ao lado do posto de gasolina de seu pai. Sissi, aposentado, também mora em Espinosa, ali pertinho da Igreja do Divino Espírito Santo. Beto Rico faleceu em Belo Horizonte há algum tempo. Merindão reside em Montes Claros. Eu o vejo de vez em quando. O outro é o meu querido irmão Zé de Freitas, meu exemplo de determinação e honradez, que, aposentado do Banco do Brasil, é empresário na cidade de Gurupi, no estado do Tocantins. Só gente boa! E são meus amigos também.
Obs: As fotografias me foram gentilmente cedidas pelo Sissi Caldeira, a quem agradeço.
No Mineirão, Sissi, Paulinho, Zé de Freitas e Beto Rico.

Beto Rico, Zé de Freitas, Paulinho, Sissi e Merindão.

Na Lagoa da Pampulha: Beto Rico, Merindão, Sissi e Zé de Freitas.
Já que falamos de Belo Horizonte, por que não conhecer um pouco mais da bela capital mineira? 
Palácio do governo mineiro
BH, Beagá ou Belô, como também é conhecida, é a capital do estado de Minas Gerais. Possui uma área de aproximadamente 330 km² com uma geografia diversificada entre morros e baixadas, estando a 852 m do nível do mar. Conforme o Censo 2010 do IBGE, a cidade conta com 2.375.444 habitantes, sendo a sexta cidade mais populosa do país. Atualmente a cidade tem o quarto maior PIB entre os municípios brasileiros, representando 1,38% do total das riquezas produzidas no país, ficando atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Belo Horizonte foi planejada e construída para ser a capital política e administrativa do estado mineiro, sendo inaugurada em 12 de dezembro de 1897. Os engenheiros responsáveis pelo projeto da cidade previam que, ao completar 100 anos, Belo Horizonte teria uma população de 200 mil habitantes. Hoje, passado o centenário de sua fundação, Beagá possui mais de dois milhões.
A bela Praça da Liberdade
Parque Municipal Américo Renné Giannetti
É nacionalmente conhecida como a "capital nacional do boteco", por existirem mais bares "per capita" do que em qualquer outra grande cidade do Brasil. Belo Horizonte seduz turistas com seu exuberante cenário e enorme potencial para a cultura e negócios. A capital de Minas Gerais se destaca na indústria automobilística e de autopeças, siderurgia, eletrônica e construção civil. Não atrai turistas somente a negócios. O lazer, a cultura e o espírito mineiro se abraçam e pulsam na capital. Não é para menos: a cidade está estrategicamente localizada na porção central do Estado. O clima agradável, belas paisagens, a arquitetura eclética e a proximidade com importantes cidades turísticas mineiras completam o amplo mosaico oferecido. Ouro Preto, Mariana, Sabará, Congonhas e Caeté dão uma idéia de quão rico pode ser um passeio a Belo Horizonte.
Pirulito da Praça 7 de setembro

Igrejinha da Pampulha
Foi na década de 1920 que surgiu em Belo Horizonte a geração de escritores de raro brilho que iria se destacar no cenário nacional, dentre eles Carlos Drummond de Andrade, Ciro dos Anjos, Pedro Nava, Alberto Campos, Emílio Moura, João Alphonsus, Mílton Campos, Belmiro Braga e Abgar Renault, que se encontravam no Bar do Ponto, na Confeitaria Estrela ou no Trianon para produzir os textos que revolucionaram a literatura brasileira. Ao longo dos anos sucederam-se muitos outros intelectuais e poetas como Fernando Sabino, Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende, Ziraldo e Paulo Mendes Campos.

Os grandes escritores mineiros que viviam no Rio:
 Fernando Sabino, Hélio Pelegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos

O poeta maior, Carlos Drummond de Andrade
Os principais pontos turísticos da capital mineira são a Praça Rui Barbosa, conhecida como Praça da Estação; a Praça Israel Pinheiro, mais conhecida como Praça do Papa; o conjunto arquitetônico da Praça da Liberdade; a Igreja São Francisco de Assis, conhecida como a Igrejinha da Pampulha; o Museu de Arte da Pampulha; a Casa do Baile; o Parque Municipal Américo Renné Giannetti; o Parque das Mangabeiras; o Estádio Magalhães Pinto, o famoso Mineirão; o Mineirinho; o Iate Tênis Clube; o Parque do Caraça; o Parque Nacional da Serra do Cipó; o Parque Nacional do Caparaó, etc.
Estádio Mineirão como é hoje

Como ficará o Mineirão para a Copa de 2014
No campo da música, muitos artistas reconhecidos no país e no exterior surgiram em Belo Horizonte. O Clube da Esquina foi um movimento musical originado em meados da década de 1960 e desde então seus membros influenciaram a cultura da cidade, do estado e do país, mantendo artistas importantes no cenário regional ou nacional, como Tavinho Moura, Wagner Tiso, Mílton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Flávio Venturini, Toninho Horta, Márcio Borges, Fernando Brant e o 14 Bis. Outros artistas importantes surgidos no cenário da cidade são Paulinho Pedra Azul, Vander Lee, Skank, Pato Fu, Sepultura, Jota Quest, Tianastácia, a dupla César Menotti e Fabiano e os corais Ars Nova e Madrigal Renascentista.
No teatro, os grandes expoentes são o Grupo Galpão e o Giramundo Teatro de Bonecos. Também já se tornou uma tradição na cidade, a realização de encontros, mostras e festivais artísticos.
A banda mineira de pop-rock, Skank

O cantor e compositor Vander Lee
Belo Horizonte também é a casa dos times de futebol América, Atlético e Cruzeiro, que arrastam aos estádios milhões de torcedores apaixonados. É claro que nós, atleticanos, bem mais apaixonados que todo o resto. Um grande abraço espinosense!


Fontes: Wikipedia e Idasbrasil.com.br.